quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Será que o futuro do ensino das Tecnologias (TIC’s) é sem professores?



Será que o futuro do ensino das Tecnologias (TIC’s) é sem professores?

Este artigo inicia com uma pergunta bastante polémica a respeito do ensino das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) no mundo, área da ciência onde vigora a investigação e vezes sem conta esse, associado a partilha de conhecimentos, tem sido o método-chave para o desenvolvimento bastante rápido deste sector. Os críticos desta abordagem devem concordar que o Brainstorming é uma técnica bastante eficaz para o desenvolvimento de uma teoria.

Esta abordagem, criada nos EUA, foi inaugurada no Vale do Silício, no estado da Califórnia, onde funciona um parque de ciências e tecnologias, sede das grandes empresas de tecnologias no mundo. A região é composta por várias cidades do estado da Califórnia, como Palo Alto, Santa Clara, San José, Campbell, Cupertino, Fremont, Los Altos, Los Gatos, Menlo Park, Mountain View, Milpitas, Newark, Redwood City, Saratoga, Sunnyvale e Union City. Dentre as empresas que iniciaram seus negócios e possuem sedes na região, podemos citar, Apple, Facebook, Google, NVidia, Electronic Arts, Symantec, AMD, Ebay, Yahoo!, HP, Intel e Microsoft, além da Adobe e Oracle.

 Nesta Univerdade, denominada 42, alunos de computação não têm livros e nada precisa ser pago; ideia é de milionário francês que aposta em aprendizado colaborativo. O objectivo é receber por ano 1 mil estudantes interessados em programação de computadores e desenvolvimento de software. Durante o curso, os alunos trabalham sempre em grupo e avaliam os trabalhos uns dos outros.

O nome da nova universidade é uma referência à resposta sobre qual seria o sentido da vida segundo o clássico de ficção científica "O Guia do Mochileiro das Galáxias" (The Hitchhiker's Guide to the Galaxy, no original em inglês) de Douglas Adams - criado nos anos 1970 como série de rádio da BBC e transformado em livro, peça de teatro, minissérie de TV, filme longa-metragem, revista em quadrinhos, livro ilustrado e jogo de computador.
Para atingir essa meta, a universidade combina uma forma radical de ensino colaborativo e aprendizagem por projetos. Os dois métodos são bastante populares entre educadores, mas normalmente envolvem a supervisão de professores. Para dizer que os professores não são totalmente desnecessários neste local.



Como funciona a formação?


Os alunos da 42 podem escolher projetos, como criar um website ou um jogo de computador, que seriam executados se eles estivessem trabalhando em uma empresa como desenvolvedores de software.

Para colocar seu projeto de pé, eles usam as fontes gratuitas disponíveis na internet e recebem ajuda dos colegas. Todos trabalham lado a lado, em uma ampla sala, com várias fileiras de computadores. Depois, a avaliação será feita por um outro colega, escolhido aleatoriamente.

Como nos jogos de computador, os estudantes vão avançando no curso em níveis ou fases e competem com um mesmo projeto. Eles se formam ao atingir o nível 21 e isso geralmente leva de três a cinco anos. Ao concluir o curso, recebem um certificado, nada de diploma tradicional.



Será este o fim do aprendizado passivo?


Os criadores da 42 afirmam que esse método de aprendizagem é melhor que o sistema tradicional que, segundo eles, incentiva os estudantes a serem receptores passivos de conhecimento.

"O retorno que temos recebido dos empregadores é que os jovens que formamos são mais preparados para buscar informações por si mesmos, por exemplo, sem precisar perguntar ao supervisor o que devem fazer," diz Brittany Bir, chefe de operações da 42 na Califórnia e ex-aluna no campus de Paris.

O aprendizado colaborativo faz os estudantes desenvolverem a confiança necessária para buscar soluções de forma autônoma, com métodos criativos e engenhosos"", explica.

Ela afirma ainda que quem passou pela 42 é mais capaz de trabalhar em grupo, discutir e defender ideias - qualidades procuradas no mundo real do mercado de trabalho em tecnologia.

"Isso é especialmente importante na área de programação, onde há uma falta de determinadas habilidades humanas," acrescenta. O aprendizado colaborativo não é novidade e já é adotado em várias escolas e universidades, especialmente em áreas como engenharia.

Aliás, historiadores concluíram que, na Grécia antiga, o filósofo Aristóteles tinha na sua escola alunos que eram monitores e ajudavam os colegas. Pesquisas recentes mostram que o aprendizado colaborativo pode fazer o aluno desenvolver um conhecimento mais profundo sobre determinado assunto.

Especialista em educação, o professor Phil Race explica que assuntos difíceis são mais fáceis de entender quando explicados por alguém que os aprendeu sozinho, sem nenhuma ajuda.

Dan Butin, reitor da escola de educação e política social do Merrimack College de Massachusetts, nos EUA, defende que o aprendizado colaborativo e por projetos seja popularizado em colégios e universidades.

O professor Butin diz que esses métodos são "ferramentas de ensino" muito melhores do que palestras, por exemplo, que normalmente não propõem desafios ao raciocínio dos ouvintes.

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